Integrantes do Conselho Militar de Defesa estiveram em Ladário ontem para acompanhar a Operação Ágata 5. Cerca de 40 pessoas, em sua maioria, autoridades militares desembarcaram de um avião da Força Aérea Brasileira na manhã desta quinta-feira, 09 de agosto, no Aeroporto Internacional de Corumbá, onde foram recepcionadas e seguiram para o 6º Distrito Naval, em Ladário.
A delegação chegou à região pantaneira depois de visitar, na companhia do ministro da Defesa, Celso Amorim, a cidade de Ponta Porã, na tarde da última quarta-feira, 08 de agosto. Naquela ocasião, o ministro afirmou aos jornalistas que a Operação Ágata possui um planejamento de longo prazo, no período de dez anos para execução na fronteira do Brasil.
Em Corumbá, as autoridades vistoriaram o navio monitor Parnaíba, que integra a operação desenvolvendo a patrulha naval e ação de presença. O Comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, conduziu a delegação pelos compartimentos da embarcação. Em seguida, seguiu para uma reunião de coordenação de ações para verificar a execução da Operação Ágata.
O comandante de Operações Navais, almirante-de-esquadra, Gilberto Max Roffé Hirschfeld lembrou que esta é a quinta edição de uma das maiores operações realizadas no país. Segundo ele, está prevista a realização de uma nova operação de mesma magnitude ainda este ano.
Hirschfeld explicou que, além de reduzir a incidência dos crimes transfronteiriços e ambientais e as ações do crime organizado, a Operação Ágata objetiva "presença e persuasão", mostrando que as forças armadas estão presentes nessas áreas (fronteiras) tradicionalmente consideradas vulneráveis. Ações Cívico-Sociais (Aciso's) também integram a operação como forma de incrementar apoio à população local.
Em nossa região, desempenha esse papel o Navio de Assistência Hospitalar "Tenente Maximiano" que prestará assistência médico-hospitalar, odontológica e sanitária, além de aplicação de vacinas e distribuição gratuita de medicamentos para comunidades ao longo do rio Paraguai, desde a foz do rio Apa até a divisa dos estados de MS e MT.
O comandante de Operações Navais lembrou que não apenas as forças armadas, mas também cerca de "30 agências coordenadas participam desta grande operação". A Ágata 5 reúne ainda órgãos de Segurança Pública e outras agências governamentais, tais como Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama, a Receita Federal, a Funai, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Iagro.
"Para nós, que estamos em Brasília ou no Rio de Janeiro, essa visita serve para vermos como está a Operação, como está a tropa; fazer um briefing de cada comando: das forças naval, aérea, terrestre e assim termos conhecimento de como tudo está se desdobrando", esclareceu.
Após um almoço oferecido no 6º Distrito Naval, as autoridades seguiram para o Aeroporto Internacional de Corumbá para o retorno. Dentre os presentes na delegação, destacavam-se ainda: o General-de-Exército Enzo Martins Peri, Comandante do Exército Brasileiro, além do General-de-Exército José Carlos de Nardi, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
Operativo
Desencadeada na última segunda-feira, 06 de agosto, a Operação Ágata está mobilizando em cerca de 3.900 quilômetros de fronteira do país, envolvendo as fronteiras Sul e Oeste, de Chuí/RS até Corumbá/MS cerca de 10.000 militares e civis. Em Corumbá, cerca de 500 militares estão participando da ação.Também estão sendo empregados diversas viaturas, embarcações, helicópteros e aviões para realizar patrulhamento e inspeção naval na calha dos rios; bloqueio e controle de estradas e vias urbanas; patrulhamento terrestre ostensivo, juntamente com órgãos de segurança pública; reconhecimento especializado de fronteira; revista de pessoas, embarcações, aeronaves e instalações; fiscalização de produtos controlados; operação de busca e apreensão; reconhecimento e transporte aéreo, bem como interceptação de aeronaves suspeitas.
fonte: midiamax.
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